DESENHO

Sábado de manhã dia lindo e ensolarado, e fui para o Jardim do Campo Grande para desenhar, nunca o havia feito, sempre havia desenhado em casa ou na escola, e principalmente não desenhava há décadas, mas este Sábado fi-lo, e em boa hora o fiz, já que adoro o contacto com a natureza, e o processo criativo de desenhar é fantástico! 

 O local foi uma zona do jardim que tem um dos lagos existentes neste magnifico espaço verde da cidade, e a paisagem e elemento para retratar à vista foi a escultura A Infância do cartoonista Sam (1924-1993). e a área circundante.

Uma actividade a repetir sem dúvida!

 Stay on the path!!! namaste

TESTEMUNHOS DE UMA ALMA PERDIDA : como sabotei um relacionamento com a minha chama gémea!

No inicio não soube que ela era a tal, a Chama Gémea, aquele ser que é a nossa metade, que o Universo nos destinou por centenas de anos, durante muitas vidas, a viver todo o tipo de amor, e de relação!

Esta vida foi relacionamento amoroso, de casal, paixão, amor e fogo intenso que foi o que sempre pedi aos céus, ao Universo, e fui ouvido e presenteado com uma mulher fantástica, intensa, assertiva, linda, forte q.b. também com a sua criança interior bem ferida, e que necessita de atenção, amor compaixão, tal como a minha.

A minha criança interior ferida como estava e está não conseguiu lidar com as situações que foram acontecendo na relação, sentiu-se atingida, não desejada, mais uma vez posta de parte, não amada. 

Na verdade sempre fui amado pela minha companheira. E quando eu reparei que ela de facto estava lá para mim, fazia tudo para me ver bem, eu estava demasiado ferido, e cego para deixar ir a minha raiva, e não valorizei-a, não quis ver os esforços.

Tive muito apego por ela devido, à carência afetiva que tive durante muitos anos, e isso levou a um ponto que ao tentar livrar me do apego, afastei-me dela, culpando me muitas vezes por isso, que mostrava a falta de amor próprio e necessidade de agradar, e ser validado, quando muitas vezes ouvia- "só quero que sejas tu" e eu nada, não ouvia, só queria ser diferente, ser  o homem à altura, e no entanto era a criança com birra que falava. 

O que olhando para trás revela falta de consciência, estar num mundo de fantasia, sem conexão, com o presente que vivia. 

O miúdo encontrou a miúda! Quando encontra, sabota a relação! por não ter noção do que estava em causa, e que neste momento sabe e sei, que tem um super mega significado para esta vida presente, para uma cura a dois, um percurso de vida, enfim um amor de vidas e dimensões.

 

 

Stay on the path!!! namaste 

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CONHECES?!

Se não nos conhecemos a nós próprios , como conhecemos o outro?! a resposta na minha opinião é: não conhecemos, e como podemos... primeiro o que conhecemos é o que outro nos permite ver, transmitindo sobre o seu ser, não nos diz tudo, porque não quer, ou porque não consegue. E mesmo que o faça nós também não recebemos toda a informação, pelos mesmos motivos porque não somos capazes ,ou por que não estamos para aí virados.

A linguagem corporal é uma possibilidade para conhecer o outro, ver através da posição do corpo, as inúmeras expressões que transmitimos consciente ou inconsciente...

A cada momento, a cada ação que temos, alteramos o que fizemos 10 minutos antes, uma hora, um dia, e por ai vai... temos o livre arbítrio de alterarmos o que quisermos, senão nos sentirmos bem com a situação, mesmo se e principalmente sendo nós a fazer e ou a criar um acontecimento! 

A questão é sermos firmes nas nossas ações, opiniões que tomamos a cada minuto, porque inevitavelmente O Outro não vai entender, vai nos criticar e dizer "incoerência"! Pois que seja, que diga,  há que pensar uma coisa... em nome da coerência perante O Outro, pressupondo que a mantemos, o nosso ser fica insatisfeito e em contradição com ele próprio, porque não muda a opinião de uma visão que já não lhe faz sentido. 

E nesse caso... o que é preferível nós em contradição interna, ou O Outro "feliz" porque somos coerentes?

Stay on the path!!! namaste 

QUEM PODE LIVRE SER, GENTIL SENHORA

Quem pode livre ser, gentil Senhora,
Vendo-vos com juízo sossegado,
Se o Menino que de olhos é privado
Nas meninas de vossos olhos mora?

Ali manda, ali reina, ali namora,
Ali vive das gentes venerado;
Que o vivo lume e o rosto delicado
Imagens são nas quais o Amor se adora.

Quem vê que em branca neve nascem rosas
Que fios crespos de ouro vão cercando,
Se por entre esta luz a vista passa,

Raios de ouro verá, que as duvidosas
Almas estão no peito trespassando
Assim como um cristal o Sol trespassa.

                        

                Luís Vaz de CAMÕES, c.1524-1580

O 10 de JUNHO

"(...)Viva o 10 de Junho e a Restauração!
Viva até São Bento, se nos arranjar!
Muitos feriados para festejar!"

Assim diz o refrão da Marcha do "Pião das Nicas", de Carlos Paião, ao referir o 10 de junho como feriado a festejar, E sem dúvida que é um feriado que devemos de celebrar como um dia dedicado à cultura e à nacionalidade portuguesa.

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas – muitos dias podem ser o Dia de Portugal, para mim o Dia de Portugal é o dia 5 de Outubro referente a 1143, data da assinatura do Tratado de Zamora, porém o 5 de Outubro é hoje em dia, o dia da Implantação da República Portuguesa, República essa que instituiu os feriados municipais, tendo Lisboa escolhido o 10 de Junho como o seu feriado municipal.

A passagem a feriado nacional aconteceu com o decorrer da I República. Com o Estado Novo, o 10 de Junho além do Dia de Portugal passou a ser também a ser o Dia da Raça, como forma de exacerbar o povo português e a nação portuguesa, sendo Camões uma das figuras desse passado glorioso que o regime tanto gostava e exaltava.

O 25 de Abril de 1974 manteve o dia como Dia de Portugal, de Camões, porém tirou o dia da raça, e adicionou a referência às Comunidades Portuguesas que espalhadas pelo Mundo, e promove assim a língua portuguesa, veiculo de divulgação da cultura de um povo, e que se encontra presente em todos os continentes, quer seja através dos países em que a língua oficial é português, quer seja através de comunidades portuguesa com forte implementação em países de outras línguas, como por exemplo França, Alemanha, Canadá e Estados Unidos da América.

Dia de Camões - 10 Junho, dia em que Luís Vaz de Camões faleceu em 1580, sendo a data de nascimento incerta, torna-se então a data de celebração da vida de, o Grande Poeta Português.

Assim sendo, o 10 de Junho, muito mais que mais um feriado, traduzido em pausa semanal, é o dia por excelência dedicado à Nação Portuguesa, ao Povo Português e à Língua e Cultura Portuguesa, em que devemos enquanto comunidade, ensinar, transmitir e viver o seu significado.

 Stay on the path!!! namaste 

ARQUIVOS

O Dia Internacional dos Arquivos é celebrado a 9 de Junho de cada ano, desde Outubro de 2007. 

Então celebremos o Arquivo pelo que guarda!

Celebremos o Arquivo pelo que encerra!

Celebremos o Arquivo pelo que preserva!

Mas mais que tudo, celebremos o Arquivo pelo que transmite!

 O Arquivo é testemunho do passado, mas também do presente, enquanto organização guardiã da memória da sociedade, está ao serviço de todos nós, e reflecte a Vida também.

Todos nós arquivamos, o Arquivo não se restringe ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, por exemplo, referencia máxima dos arquivos em Portugal, ao Arquivo Municipal, ou ao Arquivo de Museu, ou mesmo ao Arquivo de qualquer empresa, aqui falamos em instituições e a parte física do Arquivo.

A nossa casa é um arquivo, nela mantemos um arquivo tanto físico como imaterial, quando arquivamos as faturas da água, luz, gás, telecomunicações e supermercado. E assim vos falo do arquivo físico, que abrange o espaço (edifício, divisão), o suporte (pastas, caixas, livros), e o documento em si (a fatura, a carta, o oficio, o e-mail).   

Ao nível do Arquivo imaterial, a nossa mente é um arquivo, onde guardamos as nossas memórias!

O Arquivo é Cultura, é história, é informação proveniente do conteúdo de cada documento, e assim sendo é a transmissão de conhecimento através do trabalho dos arquivistas, que ao serviço da instituição Arquivo, mantém viva a memória, conhecimento e sabedoria de um povo.

Concluindo, o dia 9 de Junho foi a data estabelecida pelo Conselho Internacional dos Arquivos (C.I.A) em Assembleia Geral, dando a relevância  e real significado que o Arquivo tem nas nossas vidas, na sociedade, embora pouco perceptível para a maioria da população.  

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Dia da Biblioteca

 Stay on the path!!! namaste 

A morte apaixonada pela Vida

 

LOVE THEM BOTH!

STAY ON THE PATH, NAMASTE

TESTEMUNHOS DE UMA ALMA PERDIDA : eu achava que era tímido, afinal foi uma etiqueta que assumi

Sim de facto assumi essa etiqueta, conscientemente e durante décadas achei que era tímido, pela percepção que tinha no contacto com as outras pessoas e aqui incluo a família e amigos, a imagem do menino bem comportado, quieto, bonzinho foi uma forma de aceitação e na minha mente de ser amado. E tal como abordei no primeiro testemunho, sou introvertido, no sentido em que gosto do meu espaço, e da minha privacidade, do meu tempo sozinho e por isso escolho as pessoas a quem me dou, e partilho ideias, emoções, vivências! 

Sou um ser social como a maioria dos seres deste mundo! A interação com outro feita através de 2 formas da receptividade do outro e do que sentia, que o outro permitia, bem como a minha vontade de interação com esse individuo.

Eu usei a imagem de tímido, para ter a paz desejada, uma tranquilidade, para poder estar quieto, nos meus pensamentos , no meu mundo, e principalmente, não ser o alvo de atenções. Atenções que trouxeram sempre um dilema, de necessitar de atenção, em momentos de carência afectiva, e por outro lado, não querer atenção, por haver crenças de não ter nada para falar, ou nada que justificasse falar, de dar opinião, por não acreditar que a mesma tivesse valor, ou de interesse para o outro ouvir, "sintomas" de baixa autoestima que perduraram durante muito tempo.

Concluindo, a etiqueta de tímido serviu como medida de proteção, face a espectativas criadas, e a crenças interiorizadas e enraizadas, sem motivo aparente, mas que foram criadas pela mente como forma de compensação, para gestão da realidade.

Stay on the path!!! namaste 

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NOTAS DE NADA

 Antes atrás disso, pois a cena que transporta, o tabuleiro ónix, para a távola cinza da nossa viva e única centelha, de 3 meios de singelas proporções altas e distintas singularidades, envoltas em uniformidade elevadíssima.

 Conforta a segunda tipicidade, do meu absorto, único e provável movimento, englobado no seguimento da teoria que não sigo, para formular a decisão.

Sem limite, ando pé ante pé distraído da hora perfeita presente e dada ao tom único, húmido "ferpeito".

Diz que tocou o sino, Aquela única badalada, estremeceu tudo . E a parte que não foi, foi apenas sentida por, pela, pola, pula pérola redonda do meu brilho!

Brilho da água que corre no rio, segue o curso natural a si aplicado.

A feira de tudo tem notas de nada,

que mostram recibos verdes, rosa, amarelo armadilhado,

onde o terreno útil da terra vaga,

donde quer que a traga por ventura,

a parte do dito cujo emparcelamento. 

 Stay on the path!!! namaste

U SHOULD GO

 Someday i'll call and say: You should go,

Go ahead and be free,

be ice,

go free,

be fire,

run free,

be thunder,

dance free,

be you!

All that you are,

i am too,

words apart,

take me from you!

Stay on the path!!! namaste 

A VERDADEIRA LIBERDADE

"A liberdade, sim, a liberdade!

A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!

A liberdade do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade de amar a moral que é preciso dar à vida!
Como o luar quando as nuvens abrem
A grande liberdade cristã da minha infância que rezava
Estende de repente sobre a terra inteira o seu manto de prata para mim...
A liberdade, a lucidez, o raciocínio coerente,
A noção jurídica da alma dos outros como humana,
A alegria de ter estas coisas, e poder outra vez
Gozar os campos sem referência a coisa nenhuma
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!

Passos todos passinhos de criança...
Sorriso da velha bondosa...
Apertar da mão do amigo [sério?]...
Que vida que tem sido a minha!
Quanto tempo de espera no apeadeiro!
Quanto viver pintado em impresso da vida!

Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade,
Dêem-ma no púcaro velho de ao pé do pote
Da casa do campo da minha velha infância...
Eu bebia e ele chiava,
Eu era fresco e ele era fresco,
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre.
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?"

 

 

 

Álvaro de CAMPOS, 1890-1935