"Esta mulher que prometeu vir
Não é a mulher do meu desejo.
è antes a mulher do meu tédio...
Ela virá dentro de uns instantes.
Vai bulir em todas as coisas,
Vai andar por estes tapetes,
Perguntará por outras mulheres.
Responderei a tudo com doçura...
Entretanto é a mulher do meu tédio.
E ao partir, distrída e fatigada,
Escolherá um livro na estante
Perguntando: «-Meu amor, vale a pena?»"
Ribeiro COUTO, 1898-1963