"Cinquenta anos contou sem ter amado!
Somente estremecia a Arte, a Glória,
E as bronzeadas páginas da História.
Onde firmou seu nome laureado.
Bem podia julgar-se forte e ousado,
Essa ideia, contudo, era ilusória,
pois ante o olhar sereno de Vitória,
Ajoelhou, como um leão domado.
Subiu-lhe o amor do coração aos lábios,
E amou-a! Não se livram os mais sábios
Dessa febre, que as almas nos comporta.
Amou-a o velho artista glorioso;
mas de encontro ao seu peito sequioso,
Só pode uni-la quando estava morta!"
Alice MODERNO, 1867-1946
Sem comentários:
Enviar um comentário