terça-feira, 29 de março de 2022

REFLEXÃO : o estalo na cara durante a cerimónia dos Óscares




O estalo do actor Will Smith ao actor/humorista Chris Rock na última cerimónia de entrega dos Oscares em Hollywood, Califórnia, E.U.A., provocou uma onda de condenação a nível geral, após nos apercebermos que não havia sido uma encenação por parte de ambos.

A minha opinião e posição sobre este acontecimento e facto - é de apoio a Will Smith, pelo motivo que teve, pela postura durante e depois do sucedido, tendo pedido desculpa perante os seus pares, o público e no dia seguinte a Chris Rock.

A motivação de Will Smith para ter a atitude de levantar-se num teatro cheio de pessoas, transmitido pela televisão para milhões, subir ao palco e dar um estalo a um outro homem, colega de profissão foi sem dúvida pela expressão e sentimento da sua mulher,  Jada Pinkett Smith, face à piada, infeliz e sem sentido, do meu ponto de vista, de Chris Rock.

Ele, Smith, (segundo a minha perspectiva) perante a dor da mulher, que viu a determinado momento, tomou a posição de defendê-la, e ela Jada, pode se defender, porém o seu companheiro tomou as suas dores, defendeu o casal, perante uma piada direcionada e propositada sobre uma condicionante de saude, não um aspecto estético, e por isso sou a favor do que Will Smith fez a Chris Rock. 

A violência do estalo e o palavreado está a ser extremamente falada por todo o mundo, sim senhor, a condenar com certeza até aí tudo bem, todos temos opinião e podemos expressá-la, mas agora eu pergunto: 

E a violência verbal que a piada do Chris Rock infligiu a Jada Pinkett Smith? 

O que ela sentiu? 

Chris Rock retratou-se pela piada que fez?

Falam disso ou isso não conta? 

E porque é que não falam? só comentam se há limites ao humor e a violência física...

Deve haver limites ao humor? Não, na minha opinião não deve haver limites, porém deve-se reflectir e tomar ações, quando situações destas acontecem e que marcam e afectam uma cerimónia icónica.

 Stay on the path, namaste

terça-feira, 8 de março de 2022

A JOÃO DE DEUS

1830-1896


Hoje no dia do 192º Aniversário do nascimento deste grande poeta português, publico mais um dos seus poemas:


"INDEPENDÊNCIA

Não há talvez n mundo outra nação,
Tão respeitada e tão independente:
Conforme o que aí diz toda essa gente
E como muita, muitissima razão.

Ora se um estrangeiro, em conclusão
Ofende um português, tem certamente
De nos dar exemplar satisfação,
Seja quem for o mísero insolente.

Diz-se isto por aí com tal frequência
Que a agente chega a crer que não é mau
Citar lá fora a nossa procedência;

Mas Portugal não tem nem uma nau,
E a agente vai com essa independência
Gramando no Brasil carga de pau!"

 

NOITE FECHADA

"(...) Nós fomos ter às portas, às barreiras, Em que uma negra multidão se apinha De tecelões, de fumos, de caldeiras. Mas a noite dorm...